Esta passagem pelo Dubai foi planeada para o regresso das Seychelles para Portugal.
Confesso que nunca tive curiosidade em conhecer o Dubai, nunca fez parte da minha wishlist. Talvez pelo exagero de riqueza que transmitem para o mundo… talvez por ser apenas mais uma grande cidade, mais ocidental que oriental…
No entanto, para a viagem de regresso ser menos cansativa, achámos que seria conveniente dormitar uma noite no Dubai antes do regresso a Portugal, e sendo assim tentámos orientar os voos de modo a conhecer um pouco.
No artigo Planear e Reservar a Viagem de Sonho já descrevemos todo o processo de reserva e estadia. Ficámos no Wyndham Dubai Marina, onde chegámos por volta da meia-noite, vindos do aeroporto de Abu Dhabi numa viagem de cerca de 1 hora e um pouco mais de 100 kms. A viagem de regresso seria no dia seguinte por volta das 23:00, pelo que teríamos todo um dia para passear pelo Dubai.
É óbvio que um dia não dá para ver a cidade inteira, aliás só deu para reforçar a ideia de “cidade mais ocidental que oriental, com tudo em demasia… demasiados prédios, demasiada demonstração de riqueza, demasiada organização, demasiada limpeza (o que é óptimo, claro!), demasiado artificial… mas lá está, foi um dia, um dia a percorrer alguns sítios turísticos, quem sabe se nalguma outra oportunidade passe por lá mais tempo e altere a minha opinião…
O hotel em que ficámos alojados, fica situado na Marina do Dubai, e logo aqui começa o excesso, os arranha-céus, os barcos enormes, cada um maior e melhor.
Começámos por um passeio agradável junto à Marina. Vimos bastantes restaurantes e ficou logo decidido que seria por aqui que iríamos jantar, uma vez que por volta das 22:00 teríamos que estar no hotel.
Passámos por um parque infantil e como é óbvio tivemos que parar e passar ali algum tempo, enquanto a Rita se divertia.
Estavam mais crianças, todas acompanhadas por mães, que nos pareceram europeias. Uma delas fez conversa connosco, enquanto as crianças brincavam. Era da Rússia, e estava no Dubai à um ano. Mudou-se por causa da profissão do marido, não trabalhava e os dias eram passados a tomar conta do seu filho. Aproveitámos para perguntar o que nos aconselhava fazer com tão curto espaço de tempo, ao que nos respondeu: “Para além do Burj Khalifa, não há mais nada, não se faz nada por aqui.” Isto não ajudou para melhorar a minha ideia do Dubai…
Despedimos-nos e seguimos então para o que estava planeado, Burj Khalifa (para ingressos, para subir ao topo, ver Planear e Reservar a Viagem de Sonho)
O Burj Khalifa é algo que realmente causa impacto, é o maior arranha-céus construído pelo homem. Tem 828 metros de altura e 160 andares. Isto é quase 1 km…. 1 km de altura é muita coisa….
Uma das muitas curiosidades interessantes acerca deste edifício é que é possível ver o por do sol duas vezes no mesmo dia. É possível ver o sol a por-se completamente cá em baixo na rua e de seguida se se subir ao Burj Khalifa ainda se vê o sol a por lá de cima, tal não é a altura deste edifício.
E claro, junto ao Burj Khalifa está o maior centro comercial do mundo, o Dubai Mall com 1,1 milhões de metros quadrados. Para quem gosta de compras e centros comerciais… o paraíso na terra sem dúvida! Dentro deste centro comercial existe um aquário, claro, o maior do mundo….um tanque com 10 milhões de litros contendo mais de 33 mil animais aquáticos e a maior colecção de Tubarões-Touro do mundo.
A nossa passagem por aqui foi apenas e somente para almoçar e para depois subir ao topo. E só de passagem, andámos tanto…. A sério, fartámos-nos de andar dentro do centro comercial só para ir do ponto A para o ponto B.
Tínhamos a subida marcada para as 15:00 (relembro que comprámos os bilhetes previamente, no site At the Top, no qual somos obrigados a escolher dia e hora para a visita) e após algum tempo na fila, para passar na segurança, depois para o elevador, lá entramos no elevador. Durante a subida dos 124 andares, vamos sendo presenteados com um filme sobre a construção deste arranha céus, mas é um filme curtinho… a subida dos 124 andares, demora 1 minuto!! É incrível!
Chegados finalmente ao topo, mais uma fila, temos que tirar umas fotos… que no final não resistimos e que nos custou um balúrdio!!!!
A vista do topo é realmente deslumbrante!!
Infelizmente não tivemos oportunidade de observar o espectáculo de luzes das fontes, na base do Burj Khalifa. O espectáculo começa às 18:00, dura 5 minutos e há de meia em meia hora.
No entanto, tendo em conta, que ainda tínhamos que ir até à marina, jantar e ir para o hotel, decidimos não arriscar.
Uma curiosidade, ocasionalmente durante o dia ouvíamos, por altifalantes espalhados pelo Dubai, a chamada para a oração dos muçulmanos. Sinceramente não fixei as horas, nem a quantidade de vezes que ouvimos… mas lembro-me da Rita, ao jantar, dizer: “Olha mãe… o senhor.” – “Qual senhor?” – “O senhor tá lá em cima a cantar.” Percebi logo que se referia às orações, é algo que realmente chama a atenção, pois não é de todo algo a que estejamos habituados.
Para além de descansar a meio caminho entre as Seychelles e Portugal, o objectivo desta passagem pelo Dubai era também subir ao Burj Khalifa. De facto, valeu a pena, pois esta é realmente uma obra que impressiona, pela sua dimensão e pela sua imponência.
Por mais que possamos ler e ouvir falar, nada nos prepara para o primeiro impacto ao observar um “prédio” tão grande!